Evandro Teixeira: O fotojornalista que registrou a história através da lente

Com mais de 50 anos de carreira o fotógrafo conhecido como “Operário da Fotografia” conta a sua lendária trajetória e de como suas famosas fotos contribuíram para ficar na memória do Brasil e do mundo

Por: Gabriele Pereira

        Foto: Silvana Costa Moreira

Nascido em um vilarejo no interior da Bahia, Evandro Teixeira aproximou-se da fotografia ainda na infância. E foi a partir da revista O Cruzeiro, trazida de Salvador pelo pai de um colega, que chamou a atenção do jovem para ingressar em um curso de correspondência oferecido por um dos maiores fotógrafos da revista naquela época, José Medeiros. “Eu sempre tive essa cabeça para a arte e O Cruzeiro me levou a fotografar”.

Após ganhar de presente uma câmera fotográfica do tio, Evandro resolveu estudar em outras regiões da Bahia passando por cidades como: Jequié, Ipiaú e Salvador. Nessas andanças montou um laboratório e conheceu diversos fotógrafos, tais como Walter Lessa, fotógrafo do Jornal de Jequié. “Eu sempre gostei desde pequeno de fotografia de movimento, de cotidiano, de gente, me chamava atenção e o Walter Lessa era isso”. Depois foi convencido pelo compositor Mapim a migrar para a capital do Brasil daquela época, o Rio de Janeiro. “Mapim insistiu tanto que comprei uma passagem e fui com a mala e a coragem para o Rio de Janeiro, com uma carta dele para entregar ao chefe de reportagem da rede dos Associados, de Assis Chateaubriand”.

Em 1957, chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar no jornal vespertino O Diário da Noite, onde iniciou o trabalho como fotógrafo casamenteiro. Foi então, que recebeu ordens do chefe do jornal para não fotografar pessoas negras. “O chefe gritava – Oh baiano pode fotografar rico, pobre não importa só não quero preto”. No dia seguinte Evandro saiu de carro com uma lista de igreja na mão a procura de casamento. Na busca pela cerimônia religiosa na cidade, conseguiu achar apenas uma na Gávea, onde se casava uma alemã, loira de olhos claros, com um negro de cabelos black power. Sabendo que não podia fotografar por ordens do patrão, Evandro decidiu tirar a foto e levar para a redação do jornal, onde junto com um laboratorista, embranqueceu o rapaz. O caso deu um problemão e o fotógrafo quase foi demitido, mas teve que sair por uns tempos do jornal. Após o episódio, cobriu desfiles de carnaval e das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Ganhando destaque como fotojornalista do vespertino O Diário da Noite, Evandro Teixeira foi convidado para integrar a equipe do noticiário mais aclamado do país, o Jornal do Brasil. Na época o baiano relutou por se achar despreparado para o cargo, mas entrou em 1963 para o jornal, de onde ficou a maior parte da carreira.

No JB, o fotojornalista cobriu copas do mundo, jogos olímpicos, o golpe militar do Chile e do Brasil, a visita do Papa João Paulo II e foi o único a fotografar a morte do poeta chileno Pablo Neruda. Perguntado sobre como conseguiu a façanha de ter sido o único fotógrafo a acompanhar de perto a morte de Neruda, ele respondeu: “É um conjunto de coisas, é experiência, sorte, vivacidade. Ser esperto, sempre acreditei no meu trabalho”. Evandro acompanhou Matilde, viúva do poeta, na preparação do corpo até La Chascona, residência do casal localizada em Santiago, capital do Chile. Assim que chegou, encontrou a casa destruída e no dia seguinte seguiu com o caixão coberto pela bandeira do Chile até o cemitério. “Começou a chegar gente cantando o hino nacional, era uma multidão, pessoas cantando, declamando o poema de Neruda, não aguentei, foi uma emoção”, declarou o fotógrafo.

Depois foi cobrir o suicídio coletivo em Jonestown, na Guiana. Onde o pastor Jim Jones fundou uma seita e conduziu mais de novecentos fies a ingerir um líquido venenoso. O fotojornalista passou uma semana na cidade acompanhando o exército americano fazer a retirada dos corpos.

Evandro Teixeira foi um dos maiores fotógrafos da era militar. Enfrentou a censura, levou porrada, foi preso e viu o Jornal do Brasil ser invadido e fechado por diversas vezes. Uma das fotos mais famosas do movimento estudantil, a Passeata dos Cem Mil foi dele.  O “Abaixo a Ditadura – O Povo no Poder” que, inesperadamente, não pôde sair no jornal do dia seguinte, mas foi guardada e publicada no livro Fotojornalismo, anos mais tarde.

E a repressão não acabou por aí, Evandro ainda cobriu a missa de Edson Luís e assistiu ao massacre cometido pela cavalaria contra os estudantes. “Foi um momento glorioso da fotografia, aquilo que se pôde salvar foi maravilhoso para poder contar essa história”.

Como se não bastasse tudo que Evandro fez pela história do Brasil, nos anos de 1990 o fotógrafo registrou os 100 anos de Canudos. “Essa história é fantástica. Canudos é a cidade  da minha vó. Eu sou baiano e minha vó era do sertão da Bahia. Li Os Sertões e quando me tornei jornalista pude então, ter a emoção de conviver durante 4 anos com os velhinhos de Canudos, foi sensacional”. Hoje o Operário da Fotografia faz parte dos historiadores de Canudos e religiosamente visita a cidade todo mês de outubro, período em que finalizou a guerra.

O jornalista ainda avalia os avanços tecnológicos na fotografia: “Na época do analógico era muito decisivo, era tudo ou nada. Se você não fizesse naquele momento você não fazia depois. Hoje se tornou muito mais fácil porque a câmera é moderna, dispara um cartão inteiro sem parar”. E pontuou também os momentos mais marcantes de sua profissão que entre várias coisas teve a morte de Pablo Neruda e o massacre no Estádio Nacional no Chile.

Com mais de 50 anos de carreira, Evandro Teixeira tem oito livros publicados, uma biografia e um documentário sobre sua vida e obra. Teve exposições em países como Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Suíça e Cuba. Seu currículo consta na Enciclopédia Suíça de Fotografia junto aos maiores fotógrafos do mundo. Ano passado, foi três vezes a China e foi convidado a participar da Semana de Fotografia Internacional de Beijing.

Além de muitos prêmios que ganhou na carreira, o Operário da Fotografia foi presenteado com o poema Diante das Fotos de Evandro Teixeira, em que tenho o prazer de fechar essa matéria, com pelo menos um trecho “Fotografia: arma de amor, de justiça e conhecimento, pelas sete partes do mundo a viajar, a surpreender a tormentosa vida do homem e a esperança a brotar das cinzas” de Carlos Drummond de Andrade.

 

 

 

 

INSCRIÇÕES ABERTAS

Oficina de Fotometria e Iluminação com luz natural e ambiente

Com Marcia Costa*

Venha aprender os segredos da medição da luz e fazer a exposição correta em suas fotos

 

Dia: 08/04/17

Horário: 10:00 às 13:00

Ponto de encontro: CCBB –  Rua primeiro de março, 66 – Centro/RJ

Investimento: R$ 60,00 (à vista) ou parcelado pelo PagSeguro

Foto: Marcia Costa

Conteúdo:

O que é fotometria?

Tipos de fotômetros: da câmera e de mão e suas diferenças

Os modos de fotometria das câmeras

O cartão cinza

Tipos de iluminação: natural e artificial continua

 

Solicite ficha de inscrição e link para pagamento através do nosso email:

grandeangularfoto@gmail.com 

Mais informações: 21.9.7415.7569 (whatsapp –  Claro) ou 9.8315.9394 (Tim) ou em nosso email

 

* Fotógrafa, Empreendedora, Diretora e Professora no Grande Angular Curso de Fotografia,  Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais, Formada pela Universidade Estácio de Sá/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 20 anos. Trabalha como  Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação e Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e  Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães/RJ

 

 

 

 

 

 

Somos Muitas

Fotógrafas Brasileiras se juntam para registrar a história

Por Gabriele Pereira

                  Foto Júlio Cesar Guimarães

O movimento Fotógrafas Brasileiras surgiu a partir de um desejo da fotojornalista Wania Corredo de juntar mulheres ligadas à fotografia no Brasil. A carioca formou o grupo e convocou pelas redes sociais no dia 6 de novembro de 2016, a primeira reunião que juntou 137 mulheres em uma única foto na escadaria do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O registro histórico foi feito pelo fotógrafo Júlio Cesar Guimarães.

 

Desde então, o projeto vem ganhando força. A idealizadora do movimento explica que inicialmente era apenas para que pudessem conversar e manter contato; porém durante esses quatro meses as pessoas começaram a interagir, trocar ideias. E no dia Internacional da Mulher, que ocorreu nesta quarta feira, 8 de março, as Fotógrafas Brasileiras se reuniram novamente para lançar seu site, com intuito de resgatar a história da fotografia feminina, montar projetos, participar de festivais e exposições. O site também carrega um propósito de visibilidade, participação e integração para as profissionais dos principais pontos do Brasil a regiões do interior que não tem o mesmo alcance.

 

A importância da união dessas fotógrafas foi tão significativa que deu origem na criação da “Associação Brasileira das Mulheres da Imagem” pela fotógrafa Marizilda Cruppe. O próximo projeto é o lançamento de um livro coletivo, que ainda está sendo debatido pelo grupo e também a participação no FotoRio, onde elas vão poder contar a história da foto e das pessoas que participaram desse primeiro encontro.

A Fotojornalista Wania Corredo Foto: Noelia Albuquerque

Com quase 30 anos de carreira a fotojornalista Wania Corredo afirma que o mercado para as mulheres dentro da fotografia ainda é muito restrita e que as equipes femininas são reduzidas em todos os lugares e exemplifica algumas coisas como salários menores, ter filhos e dividir os horários entre a família e o trabalho. Porém, não é uma luta só das fotógrafas é uma luta de todas as classes trabalhistas.

Apesar de o movimento ter um trajeto voltado para o trabalho das mulheres, Wania avalia que nesse momento não consegue ver o projeto como sendo feminista ou uma luta de classes, mas afirma que não dá para desconectar nenhum dos dois. E ainda completa “Eu vejo profissionais, amadoras, pessoas apaixonadas por fotografia conversando e criando esse projeto ainda, com várias ideologias, com mulheres diferentes, pensamentos diferentes trocando ideias. Não gastamos um real para produzir nada, está tudo sendo estipulado assim: cada um faz a sua camiseta, uma delas fez o site, a outra está colaborando com a fanpage, as outras estão se organizando. Tudo de forma, absolutamente, colaborativa e com vontade, realmente, de fazer com que esse movimento se estabeleça”.

 

Érica Ramalho durante a    Marcha    das Fotógrafas    Brasileiras Foto:      Marcia Costa

Perguntada sobre a real importância do movimento, a fotojornalista Érica Ramalho declara: “Unificação, troca de informação, troca de saberes, conhecer o trabalho do Brasil inteiro. Somos muitas, a gente sabe pouco e estamos num movimento de conhecer a história das fotógrafas brasileiras. Quando isso começou no Rio de Janeiro? Quem foi à primeira fotógrafa? Então tudo isso eu penso encontrar nesse grupo”.

 

Fotógrafas Brasileiras é muito mais que um manifesto de cultura, argumento e diversidade, o projeto busca o que veio antes e produz o que ainda pode vir.

Ao final da Marcha, na Praça XV, foi feita uma projeção com fotografias feitas pelas integrantes do Grupo, com o tema mulher.

Projeção fotográfica, com tema Mulher na                       Praça XV Foto: Marcia Costa

Grupo de fotógrafas antes da Marcha Foto:                     Regina Magalhães

 Wania Corredo e Fabrizia Granatieri durante a                 Marcha Foto: Marcia Costa

 

 Início da Marcha na Candelária Foto: Nana                     Tavares

 

Informação através da imagem

Compreendendo o Fotojornalismo

Por Gabriele Pereira

     Para entender o que é fotojornalismo é preciso saber se a imagem que está sendo exposta é dotada de informação clara e objetiva. A primeira fotografia com valor jornalístico foi publicada no jornal americano Daily, em 1880. Embora, o nome “fotojornalismo” tenha surgido no início do século XX com as famosas revistas ilustradas, unindo a imagem ao texto.

     A imagem é um fator muito importante para a compreensão da notícia, ela causa impacto, clareza, credibilidade e até mesmo vivência. Porém é essencial está ligada à linguagem verbal, pois é ela quem vai direcionar o significado da informação.

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Foto: Nick Ut

     É imprescindível que o repórter fotográfico esteja atento, pois cada acontecimento é uma história que sem o olhar do fotojornalista se perderia. Fotos marcantes tiveram seus momentos congelados e eternizados como: o beijo entre o marinheiro e a enfermeira na Times Square, Nova York, para celebrar o final da Segunda Guerra Mundial; o atentado as Torres Gêmeas do World Trade Center; a imagem icônica da menina correndo nua, após ser ferida por explosivo na Guerra do Vietnã, entre vários outros.

     Grandes fotojornalistas fizeram parte dessa história como Henri Cartier-Bresson, um dos pais da fotografia jornalística; inclusive foi o responsável por registrar os últimos dias de Gandhi e o primeiro fotógrafo europeu a trabalhar livremente pela União Soviética. Bresson fundou, juntamente, com Robert Capa uma das maiores agências de fotografia do mundo, a Magnum Photos.

     No Brasil não podemos deixar de citar dois grandes nomes da fotografia brasileira: Evandro Teixeira e Sebastião Salgado.

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Foto: Evandro Teixeira

     Conhecido como o operário da fotografia, foi através da lente que Evandro Teixeira encontrou um jeito de protestar contra a Ditadura Militar. A carreira de Evandro passa pelo registro histórico da Guerra de Canudos; a morte do escritor Pablo Neruda; A Passeata dos Cem Mil, em 1968; coberturas de Jogos Olímpicos e Copas do Mundo.

     Já as fotografias em preto e branco de Sebastião Salgado retrata a clareza de cada situação ilustrada. Dedicou seu trabalho a vida de pessoas excluídas e mergulhou em projetos de longo prazo. Em 2015, o documentário “O Sal da Terra” dirigido por Juliano Salgado e Wim Wenders mostrou a relação de Sebastião com a fotografia e acabou sendo indicado ao Oscar.

     O fotojornalismo tem a função de relatar os fatos através da imagem e com ela, enxergar a notícia com mais realismo e emoção. Grande parte do sucesso dessa profissão se vale a sensibilidade do olhar e a experiência de cada repórter fotográfico.

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     Com isso, a equipe do Grande Angular entrevistou a fotojornalista Bruna Prado, que já cobriu a Rio+20, Manifestações de junho de 2013, Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Bruna é professora de fotografia e fundadora da produtora de imagens fotográficas Estúdio Prado. Foi indicada ao Prêmio Mulher Imprensa na categoria fotojornalismo em 2015 e, falou um pouco sobre a sua experiência como fotojornalista.

GA – Como a fotografia entrou na sua vida?

Bruna Prado: Eu era publicitária e trabalhava como diretora de artes. Nessa função fui contratada por um grande laboratório de fotografia para fazer a transição do sistema de película fotográfica para digital. Naquela época não existia mão de obra qualificada aqui no Brasil preparado para trabalhar com laboratório de imagem fotográfico digital, e mais próximo a isso estávamos nós da área de design e publicidade. Já sabíamos utilizar os softwares de edição e afins. Desde esse primeiro contato mais aprofundado eu nunca mais consegui me afastar da fotografia e anos depois migrei de profissão.

GA – Como foi a sua entrada para o Fotojornalismo? E qual é a importância dessa profissão?

Bruna Prado: Iniciei no fotojornalismo como freelancer de agências de notícias. Minha produção era muito voltada para manifestações culturais, questões sociais e documentarismo. Com o tempo comecei a freelar em jornais e surgiu a oportunidade de trabalhar contratada em uma redação por cinco anos. Hoje sou fotojornalista independente e pessoa jurídica, prestando serviços para jornais nacionais e agência de noticias internacionais.

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Foto: Bruna Prado

A imagem fotográfica possui uma linguagem universal que se faz compreendida nos quatro cantos do mundo. Uma pessoa pode não saber ler um determinado idioma, mas sabe compreender a comunicação visual feita através da fotografia. Essa capacidade de comunicação que uma imagem possui é fundamental para expor um fato ou contar uma história, e com isso, levar a sociedade para o campo da reflexão e muitas vezes de mudança.

GA – Qual foi a sua experiência mais marcante como fotojornalista?

Bruna Prado: Durante a cobertura do fechamento do aterro sanitário de Jardim Gramacho, no contra ponto das demais coberturas da mídia, fizemos um especial sobre como estava à situação dos catadores diante da eminência do desemprego. Fomos os primeiros a abordar essa questão que inclusive denunciou problemas no cadastro feito para a indenização daqueles trabalhadores. Dias depois o fechamento de Jardim Gramacho foi cancelado até que todos os catadores estivessem devidamente cadastrados para receber as suas indenizações. Entender que o jornalismo tem função de serviço para a sociedade foi a minha grande lição. É isso que me move dentro da profissão.

GA – Que tipo de equipamento você mais costuma usar? E por quê?

Bruna Prado: Prefiro trabalhar com lentes fixas com grandes aberturas (luminosas) em função do efeito estético das mesmas. Além disso, elas me obrigam a buscar o meu enquadramento e me tiram do lugar comum, me fazem pensar e agir em função da fotografia que quero fazer.

Passeio Fotográfico na Ilha de Paquetá

Inscrições abertas!

Dia: 04/ 03/ 17

Foto: Marcia Costa

Foto: Marcia Costa

Horário: 8:30  às 16:00

Investimento: 50,00 (Passagens e alimentação por conta do aluno)

Com dicas de Fotografia de Paisagens, Arquitetura e Técnicas Fotográficas

(O participante receberá uma apostila, virtual, com o conteúdo ministrado durante o Passeio)

 

Mais informações e Inscrição: grandeangularfoto@gmail.com

21- 9.7415.7569 / 9.8315.9394

Foto: Marcia Costa

Foto: Marcia Costa

Curso Básico de Fotografia Digital /RJ – Inscrições abertas

Aulas práticas e apostila 

Prof: Marcia Costa*

Início 14 de janeiro de 2017 – Aulas aos sábados de 9:00 às 13:00

A aula teórica acontece no Centro do Rio, na Rua Buenos Aires, 90/5º - Foto: Nana Tavares

A aula teórica acontece no Centro do Rio, na Rua Buenos Aires, 90/5º – Foto: Nana Tavares

      1ª aula (14/01/17) – Sala de aula –Rua Buenos Aires, 90 / 5ºandar;

      2ª aula (21/01/17) – Casa de Ruy Barbosa;

      3ª aula (28/01/17) – Urca – Praia Vermelha;

      4ª aula (04/02/17) – Forte de Copacabana;

      5ª aula (11/02/17) – Jardim Botânico.

 

 

Investimento: R$ 380,00 (à vista / depósito bancário) ou 2X de R$ 220,00 (1ª Depósito bancário  +  2ª Cheque-pré na 1ª aula ou em espécie até dia 29/ 10/16)

 

O Curso é composto por 4 aulas práticas, para melhor aproveitamento do aprendizado técnico Foto: Nana tavares

O Curso é composto por 4 aulas práticas, para melhor aproveitamento do aprendizado técnico Foto: Nana tavares

Solicite ficha de inscrição  e conta para depósito através do nosso email:grandeangularfoto@gmail.com

Conteúdo das aulas: Câmeras – Sensores – Objetivas – Filtros – Modos de Prioridades – Obturador – Diafragma – Iso – Fotometria – Balanço de Branco – Introdução ao  Flash – Composição Fotográfica

 

 

Informações: 21- 9.7415.7569 (Claro / WhatsApp) / 9.8315.9394 (Tim)

 

* Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 20 anos. Atualmente  é Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação. Diretora e professora no Grande Angular Curso de Fotografia. Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães

 

 

Como fotografar a Lua?

Por: Marcia Costa*

 

O  satélite natural da Terra é um dos temas  mais fotografados por  amadores e  profissionais de fotografia.

 

Porém,    muitas vezes há uma certa decepção com o resultado  da foto, por  não se  conseguir a imagem  esperada.  Nesse artigo  vou passar algumas dicas para que você consiga ótimas fotos da Lua  em toda a sua beleza e fases.

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Fotografar a Lua com Iso alto, perde-se textura e temos apenas uma bola branca Foto: Marcia Costa

Os erros mais  comuns cometidos nesse tipo de fotografia são:  utilizar  ISO  mais alto ( 800, 1600)  e velocidade baixa de obturação ( 1/ 30, 1/ 60), por achar que há pouca iluminação, por ser  noite. Mas é o contrário que deve ser feito. A Lua é iluminada pelo Sol e se move ao redor dele e da Terra. Se utilizarmos ISO  alto,  perderemos a textura (teremos uma bola branca sem detalhes), como você pode ver na foto ao lado. E, se usar  baixa velocidade de obturação   uma imagem borrada.

As dicas  são: Usar uma teleobjetiva, 200 ou 300 mm já nos dão uma boa aproximação e fechamos no assunto. Se usar tripé, que é aconselhável, pelo peso da objetiva,  desligue o estabilizador de imagem, pois sua câmera já está estabilizada.

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Foto: Marcia Costa

Utilize o fotômetro em modo  Pontual ou Spot, para medir corretamente a luz da Lua, e dê preferência, ao modo de ajuste Manual da câmera, evitando que nos modos de prioridade ( AV, TV, Canon ou A e S, Nikon ) o fotômetro erre na exposição. No modo Manual você pode fazer melhor a compensação da exposição para mais ou para menos.

Utilize uma velocidade de obturação em torno de 1/100 à  1/ 250, essa velocidade vai depender do quanto a Lua está iluminada, e assim você também evita que a imagem saia borrada.

Para uma melhor captura de detalhes use  ISO em torno de 100 à 400 (este já no limite), pois  pode haver perda de textura da superfície da Lua.

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E,  para melhorar a nitidez, diafragmas mais fechados, f/ 8 , f/ 11. Caso fique escura, abra para f/5.6, não é aconselhável usar f/ 2.8, vai perder muito em nitidez na imagem.

No caso de fotografar a Lua e ter uma paisagem para ajudar na composição, basta alterar o modo de fotometria, para medir a luz no geral, assim você troca o fotômetro de modo Pontual ou Spot, para  um que faça média, o  modo Matricial é um deles, As outras configurações não serão muito diferentes. O importante mesmo é sempre utilizar o modo de exposição manual, para ter total controle sobre obturador e diafragma.

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Foto: Marcia Costa

 

Aproveite as dicas e  boas fotos!

 

* Marcia Costa:  Especialista em Artes Visuais, Formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 15 anos. Atualmente  é Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação. Diretora e professora no Grande Angular Curso de Fotografia.

Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães.

 

Curso de Fotografia avançada

Inscrições abertas!

3 aulas práticas  aos sábados e 1 aula noturna (sexta-feira) para você dominar o mundo da fotografia

Com apostila e certificado

Professora: Marcia Costa*

Horários: sábado – 9:00  às 13:00  /  Sexta-feira – 19:00 às 21:00

Apenas 10 vagas

Minimo 5 alunos

Pré-requisito: Ter Curso Básico de Fotografia, câmera fotográfica DSLR  e flash portátil

Programação:

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Foto: Nana Tavares

12/11/16 (sábado) –  O Estúdio Fotográfico (equipamentos, acessórios, medição de luz,  tipos de  iluminação, dicas de fotografia de retrato);

Local: Estúdio Rio Copacabana – Av Nossa Senhora de Copacabana, 1120 / 204

 

18/11/16 (sexta-feira) –  Técnicas de fotografia noturna e arquitetura,  light paint,   bokeh, zoom in.

Local: CCBB – Rua  primeiro de março, 66 – Centro

 

26/11/16 (sábado) – O Flash portátil,  na câmera e fora dela /strobist , acessórios, flash master e slave, o uso do flash em externa com sol, Modo TTL e manual;

Local: Rua Buenos Aires, 90 – 5º andar – Centro

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Foto: Marcia Costa

 

03/12/16 (sábado) – Book externo – Sessão fotográfica com modelo;

Local: Jardim Botânico – Rua Jardim Botânico,  1008

 

Investimento: R$ 320,00 (à vista) ou 2 vezes de R$ 170,00 (depósito + cheque pré-datado)

Solicite ficha de inscrição e dados para pagamento através do nosso email: grandeangularfoto@gmail.com

 

Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais, Formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 15 anos. Atualmente  é Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação. Diretora e professora no Grande Angular Curso de Fotografia.

Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães

Bokeh

Texto e Fotos: Marcia Costa* 

   Você já reparou naquelas bolinhas de luz que aparecem no fundo desfocado em algumas fotos?  Esse efeito é chamado de Bokeh. A palavra vem do termo japonês boke, que pode ser traduzido para o inglês ‘blur”, que quer dizer borrão.

Foto: Marcia Costa

Foto: Marcia Costa

     É uma técnica fotográfica  em que os pontos de luz no fundo da imagem ficam fora de foco, formando bolinhas  iluminadas.

    Esta técnica é mais fácil de executar quando da utilização de objetivas com diafragmas mais abertos, como f/1.8 – 2.0 – 2.8.  Então uma 50 mm, que quase todo fotógrafo tem, vai ajudar e muito,  a produzir este efeito.

     Mas isso não é uma regra. É possível conseguir o efeito com aberturas um pouco menores  como f/4.0 ou f/5.6 e até menores, mas para isso, é necessário distâncias focais maiores, para aumentar o desfoque no fundo.

   Um dos  segredos é:  quanto maior for a  distância do plano de  fundo da imagem,  onde estão os pontos de luz,  para o seu assunto principal, onde está sendo feito  o foco, melhor será esse efeito. E, se você estiver mais perto do primeiro plano, também ajudará no desfoque do plano de fundo.

   Estas luzes de fundo não precisam ser propriamente lâmpadas ou luzes de pisca-pisca de árvore de Natal.  A luz do Sol que atravessa as folhas de uma árvore, pode  produzir o efeito, se encontrado o ângulo certo e a distância certa do primeiro para o segundo plano, onde está essa iluminação.

 Veja alguns  exemplos:

Foto: Marcia Costa

Foto: Marcia Costa

Esta foto foi realizada com uma abertura de diafragma em 5.6 e uma objetiva 135 mm.  O bokeh formado no fundo da imagem é a luz do Sol que atravessou as folhas das árvores.

 

 

 

 

 

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Foto: Marcia Costa

 

 

 

Na foto ao lado, foi utilizada abertura de diafragma 2.8 e objetiva 25 mm. O foco foi feito no fio no primeiro plano, fazendo um desfoque no fundo e formando o bokeh nos pontos de iluminação da cena.

 

 

 

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Foto: Marcia Costa

Nesta outra foto, a luz que reflete na água criou o bokeh,  mesmo fotografando com diafragma 7.1, a distância entre o ponto de foco e o fundo é razoável, utilizei aqui  uma distância focal de  55 mmm e o efeito apareceu.

 

 

 

 

 Criar o efeito não é difícil, basta saber aproveitar a iluminação ambiente que você se encontra e perceber se é possível tentar criar o bokeh. Você deve ter reparado, que eu não utilizei a 50 mm e só em uma foto utilizei diafragma mais aberto (f/2.8). Agora é só preparar seu equipamento e aproveitar as oportunidades com iluminação de fundo, para criar o bokeh.

 

* Marcia Costa: Diretora e professora no Grande Angular. Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais, Formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 15 anos. Trabalha como  Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação e Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e  Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães/RJ.

 

 

Bela arte de ensinar

Curso Grande Angular celebra o Dia do Professor, data que homenageia uma das profissões mais antigas e cruciais para o desenvolvimento da educação

Por Gabriele Pereira / Fotos: Nana Tavares

No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor, uma das profissões mais importantes para a construção de uma sociedade mais justa e consciente. O ensino é primordial para a formação do cidadão, porque através do conhecimento que se formam outras profissões de extrema importância para o mundo em que vivemos.

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Professora Marcia Costa Foto: Nana Tavares

Ser professor é uma tarefa que requer muita responsabilidade, pois é ele quem vai dar a base essencial para o desenvolvimento intelectual de cada aluno, para que possam ser capazes de obter êxito e traçar um futuro melhor.

E como o dia 15 de outubro é dedicado aos docentes que lutam todos os dias por acreditar na importância do seu trabalho e por amor ao ensino, nada mais justo que homenagear todos os professores e especialmente a diretora e professora do Grande Angular Marcia Costa.

Marcia é formada em fotografia pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, especializou-se em Artes Visuais na mesma instituição e atua na área de fotografia há mais de 15 anos. Atualmente é Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães.

Responsável pela criação do Curso Grande Angular, Marcia enxergou a carência de seus alunos por aulas menos teóricas de fotografia, e criou um curso de qualidade com preços acessíveis, para que todos possam ter a oportunidade de aprender na prática e se apaixonar ainda mais pela arte fotográfica.

Leia, abaixo, o depoimento de um dos alunos que passaram pelo Grande Angular:

Dário Melo Jr. – Marcia Costa é daquelas pessoas encantadoras, é impossível fazer apenas um curso com ela, dá vontade de aprender mais e mais, Márcia tem um amor tão grande pela arte de fotografar que contagia seus alunos. Obrigado Márcia por transmitir seus conhecimentos de forma segura, simples e contagiante.

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