A prática de juntar belas imagens em fotolivros e álbuns encadernados
Por: Gabriele Pereira*
Esteja em cima da mesinha na sala de estar, guardado em uma das gavetas do criado-mudo ou até publicado e vendido em livrarias, à verdade é que os encadernados são peças antigas e tão populares que é quase impossível não haver pelo menos um álbum de fotografia em casa, mesmo sendo aqueles colados foto a foto por você.
Assim que nasceu a fotografia no século XIX, foi surgindo, ao longo dos anos, livros com publicações, exclusivamente, fotográficos. O chamado fotolivro, originalmente da palavra inglesa photobook, é usado por muitos fotógrafos a fim de divulgar seus trabalhos e atingir o grande público. Mas essa prática não se aplica somente aos profissionais, muitos amadores também adquirem seus próprios encadernados.
O mercado está cada vez mais trabalhando para pessoas independentes, sem necessitar unicamente do apoio das editoras. Pensando nisso, a equipe do Grande Angular entrevistou duas empresas que atuam no ramo de impressão fotográfica: a Digipix e a Up Book Rio.
Em atividade desde 2004, o grupo Digipix vem crescendo e conquistando o público de todo o Brasil. Atuando somente pela internet, a empresa já possui três marcas: Zocprint; FotoRegistro e a Digipix Pro, que atende apenas o mercado profissional e tem uma parceria com a Associação Brasileira de Fotografia de Newborn e ainda alimenta a formação de novos profissionais trabalhando em conjunto com escolas. Perguntada sobre a importância desse tipo de negócio a Gerente de Marketing do grupo, Manoela Giacomini fez a seguinte declaração: “A fotografia se perpetua quando está impressa. Por isso a importância do registro em Álbuns e Fotolivros das nossas memórias mais preciosas. Estamos vivendo em um momento que (quase) todos podem tirar boas fotos, qualquer celular se transforma em uma câmera, não existe limite para a quantidade de fotos que podem ser tiradas e mesmo assim, elas acabam em redes sociais, pen cards ou na nuvem, de onde podem nunca mais sair!”.
Já o Gerente da Up Book Rio, Miecio Santos explica que a empresa produz cerca de 2.400 encadernações por ano, com o preço médio de R$ 350,00. Atualmente, trabalham com os álbuns panorâmicos e o processo da montagem é feita por hot card. Miecio enfatiza que a qualidade do atendimento e a parceria com seus clientes são fundamentais para o sucesso da corporação. Hoje a empresa não atende amadores, somente profissionais, sendo 60 fotógrafos fiéis.
Em relação aos avanços da tecnologia enfraquecer o mercado de impressão digital, Miecio Santos confessou: “É preocupante, mas acreditamos que não irá acabar, e sim se adaptar”.
O fotolivro vai atravessando a modernidade e ganhando ainda mais força ao longo do tempo. Além de ser um recurso que viabiliza o trabalho do profissional, principalmente, os que estão começando, muitos fotógrafos influentes como Sebastião Salgado publicam seus livros ajudando a popularizar a arte que antes limitava-se às grandes exposições, em galerias mundo afora.
* Estudante de Jornalismo na Faculdade Pinheiro Guimarães. Gabriele Pereira é estagiária na equipe de Imprensa do Curso Grande Angular, escrevendo artigos e fazendo entrevistas para o site do Curso
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