Por: Marcia Costa*
O diafragma encontra-se no interior das objetivas, ele é o responsável pela quantidade de luz que atravessa a objetiva e atinge o sensor ou película do filme, para registro da imagem. É conhecido, também, por número f. Vale lembrar que números maiores representam aberturas menores e os números menores, aberturas maiores.
Veja escala abaixo:
Escala de aberturas de diafragma, sem números f intermediários:
Cada número f, na escala acima, representa uma porção inteira. Quando fechamos o diafragma para permitir a entrada de menos luz (número f maior), reduzimos na metade a quantidade dessa luz, no inverso (abrimos para aumentar a quantidade), dobramos essa luz que chega ao sensor / película. Dessa forma se estamos com uma abertura de f/8 e passamos para f/5.6, estamos deixando passar o dobro de luz de f/8.
A tecnologia eletrônica permite que tenhamos números fs intermediários. Exemplo: Ao fecharmos o diafragma de f/5.6 para f/8.0, temos duas aberturas intermediárias que são f/6.3 e f/7.1. Diferentemente das objetivas mecânicas que só permitiam os diafragmas inteiros, que vimos na escala acima. Isso é de grande valia quando não precisamos perder ou ganhar luz em proporções inteiras, mas sim em terços, ajudando muito na hora da fotometria.
O diafragma também é um dos responsáveis pela profundidade de campo. O que é isso? De acordo com o número f utilizado, haverá mais pontos em foco ou desfocados na imagem. Quanto maior a abertura (menor número f, ex: f / 2) menos pontos em foco temos na imagem. Quanto menor a abertura (maior número f, ex: f / 22) maior nitidez temos na imagem.
Exemplo de grande profundidade de campo f/16(Foto: Marcia Costa) |
Exemplo de pouca profundidade de campo f/2 (Foto: Marcia Costa) |
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Foto: Marcia Costa |
Importante saber que o foco é uma linha na horizontal, por tanto tudo o que estiver na mesma linha do ponto de foco aparecerá nítido. A profundidade de campo é medida na vertical, dessa forma tudo o que estiver + ou – a 1/3 atrás ou na frente da linha de foco, perderá a nitidez.
Algumas observações são importantes neste caso: a distância focal (milímetros da objetiva) também vai ter influência na profundidade de campo, distâncias focais maiores, como 80 mm 135 mm ou mais, menos pontos nítidos, ajuda a ter menos foco atrás de sua linha de foco, mesmo que o diafragma não esteja tão aberto. Já, quando utilizamos distâncias focais curtas como, por exemplo, objetivas grande angulares (28 mm), teremos mais pontos em foco, mesmo com diafragmas mais abertos. Outra questão é a aproximação do primeiro plano da imagem onde foi feito o foco, quanto mais perto estiver do seu assunto a ser fotografado, de acordo com a distância mínima que sua objetiva permita, mais fácil ter o fundo desfocado, mesmo sem ter um diafragma tão aberto como f/2.8
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*Marcia Costa: Diretora e professora no Grande Angular. Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais, Formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 15 anos. Trabalha como Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação e Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães/RJ.
1 comentário
Esse artigo foi show de bola… acho que dominando essa técnica Focagem x Diafragma X Velocidade do obturador…. já podemos tirar excelentes fotos…
Aí é só o lance da iluminação, porém a maioria das fotos que eu gosto de tirar é no claro.