Por: Rodrigo Jordy
Fundador do blog Foto Fácil
Hoje os cartões de memória chegaram a uma quase-padronização após várias tentativas de se usarem formatos-proprietários que só faziam restringir o uso tanto dos cartões quanto das câmeras. Sony e Olympus insistiram com seus formatos até o ano de 2011 mas devem ter percebido que o tiro estava saindo pela culatra: estavam deixando de comprar suas câmeras porque não eram compatíveis com os cartões SD que todo mundo tem em casa. Algumas compactas Sony ainda possuem dois slots de cartão, um para o SD e outro para o Memory Stick, mas quantos ainda usam o Memory Stick hoje? A Olympus aderiu completamente ao SD em detrimento do caro XD.
E os cartões SD foram evoluindo, hoje temos no mercado cartões com alta performace de processamento de dados divididos em classes de acordo com sua velocidade: classe 2, classe 4, classe 6 e classe 10. Mas a evolução não parou e a classe 10 já possui uma subdivisão chamada UHS-1 com cartões de desempenho elevado e altíssima velocidade, ideais para vídeos Full HD. E aqui vai uma opinião pessoal: nunca concentrem tudo em um cartão só, em vez de um único cartão de 32 ou 64 gb acho bem melhor dois cartões de 16 gb que já cabem muita coisa, ou dois cartões de 32 gb para quem fotografa em RAW.
Mas há uma mídia de armazenamento mais antiga que sobreviveu a toda essa evolução e continua muito forte no mercado que é o Compact Flash ou CF. Mas por que ele continua por aí e só é usado justamente nas câmeras mais poderosas, as dedicadas a uso profissional? Eu vejo duas razões: o CF não possui contatos expostos como o SD que podem ser facilmente corrompidos com o toque dos dedos e, além disso, os CF ainda contam com um sistema de proteção de dados mais eficiente do que o usado nos SD. Resumindo: é muito mais seguro trabalhar com CF do que com SD, por isso ele é largamente usado nas principais câmeras reflex, sobretudo as full frame.
O CF passou por uma evolução, assim como o SD, e foi criado um novo padrão: o XQD desenvolvido pela Sony. Porém, mais de um ano após o seu lançamento, só há uma câmera reflex no mercado com slot XQD (que eu me lembre) que é a Nikon D4. É uma mídia excessivamente cara e nenhuma outra marca ousou apostar nela, diferente dos SD mais atuais que possuem preços bem acessíveis.
Abaixo segue uma tabela de velocidade dos cartões CF retirada de um documento enviado pela Lexar, uma das principais fabricantes de cartão de memória no mundo:
Commercial x rating
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Sustained sequential write speed*
|
60x
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9MB/sec
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66x
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10MB/sec
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80x
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12MB/sec
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100x
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15MB/sec
|
120x
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18MB/sec
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133x
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20MB/sec
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140x
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21MB/sec
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150x
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23MB/sec
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200x
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30MB/sec
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300x
|
45MB/sec
|
400x
|
60MB/sec
|
600x
|
90MB/sec
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