Por Gabi Pereira
Neste sábado, 08, morreu o fotógrafo German Lorca, de causas naturais, aos 98 anos, em sua cidade natal, São Paulo. O paulistano foi ícone da fotografia modernista e publicitária, e retratou a capital paulista além dos concretos e prédios altos, imprimindo um lado mais intimista, ao dar vida e sentimento a maior metrópole do Brasil.
Nascido em 1922, no bairro do Brás, Lorca se formou em ciências contábeis, pelo Liceu Acadêmico São Paulo (Lasp). Em 1947, ao adquirir sua primeira câmera, uma Welta usada, modelo Welti, com a intenção de registrar apenas memórias fotográficas de sua família, Lorca fez suas primeiras fotos de destaque, Horto e Fogo nos Bondes – Revolta dos Passageiros. Foi quando passou a carregar a câmera na bolsa para qualquer lugar que fosse a fim de capturar algum acontecimento inesperado. Em janeiro de 1948, seu nome sai na lista dos associados do Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB), responsável por introduzir tudo que era de mais moderno na arte fotográfica na década de 1940.
Durante o tempo que passou no FCCB, German foi deixando a contabilidade de lado para mergulhar de vez na fotografia. Começou registrando cerimônias matrimoniais depois vieram retratos, reportagem em geral, fotografia técnica e industrial e a fotografia publicitária. Deixou o clube em 1953, para se dedicar ao próprio estúdio.
Ao completar 70 anos de carreira, o paulistano ganhou uma exposição inteiramente dedicada a sua obra fotográfica com a mostra German Lorca: Mosaico do Tempo, 70 Anos de Fotografia, com curadoria de Rubens Fernandes Junior.
No próximo dia 28 de maio, German Lorca completaria 99 anos. O fotógrafo deixa filhos, netos e bisnetos.
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